Cada geração de trabalhadores tem um ponto de vista único. Os grupos diferem não porque os seres humanos tenham evoluído, mas porque cada um deles cresce e envelhece em diferentes períodos de tempo, com oportunidades e desafios variados.
As categorias de gerações representam uma forma abreviada de descrever atitudes, interesses, crenças e experiências que certos grupos de pessoas provavelmente têm em comum.
Não são declarações absolutas sobre o que todas as pessoas de certa idade pensam ou sentem. Pode haver muita variação dentro e entre gerações, especialmente quando você considera outras informações demográficas, como raça, nacionalidade e classe.
Do ponto de vista do RH, existem quatro gerações que mais impactam o trabalho hoje, que são:
- Os Baby Boomers
São todas aquelas pessoas nascidas entre 1945 e 1960, logo depois da Segunda Guerra Mundial. Após este período, os combatentes voltaram para casa e houve então uma explosão populacional, que deu origem a essa famosa nomenclatura.
- Geração X
Os integrantes da Geração X têm sua data de nascimento localizada, aproximadamente, entre os anos 1960 e 1980. A Geração X é formada pelos filhos da Geração Baby Boomers e pais da geração Y.
- Millennials ou Y
São aqueles nascidos entre 1980 e 1995. Quem veio depois disso já é considerado a geração Z – os centennials.
- Geração Z
A Geração Z é a definição sociológica para a geração de pessoas nascidas, em média, entre os anos de 1995 e 2010. É a geração que corresponde à idealização e nascimento da World Wide Web, criada em 1990 e no “boom” da criação de aparelhos tecnológicos modernos.
Compreendendo As Mentalidades
Eventos importantes e suas repercussões moldam as gerações. Para cada geração, aspectos das paisagens políticas, sociais e econômicas definem como eles vêem o mundo e como esperam que seu futuro seja.
Gerações com mentes de crescimento esperam prosperar como adultos. Eles acreditam:
- Empregos são abundantes e ao alcance;
- Os pais têm recursos significativos para compartilhar;
- Crime, exclusão e conflito estão diminuindo;
- O sucesso é determinado pelos seus próprios esforços – a concorrência não é uma ameaça ao sucesso.
Gerações com mentes de obstáculos esperam lutar como adultos. Eles acreditam:
- Os trabalhos são raros ou difíceis de obter;
- Os pais têm recursos limitados para compartilhar;
- Crime, exclusão e conflito estão crescendo;
- O sucesso é limitado pelas circunstâncias – a concorrência é uma ameaça ao sucesso.
Dada essa estrutura, podemos pensar no fluxo de gerações da seguinte maneira:
Os pais dos Boomers procuraram dar-lhes uma vida melhor após a Segunda Guerra Mundial e sua entrada na idade adulta correspondeu a avanços significativos na fabricação e tecnologia de materiais que forneceu uma ampla gama de empregos em todo o espectro econômico.
Os eventos de infância da Geração X foram associados a imagens de frustração e fracasso com a recessão mais recente ocorrendo exatamente quando eles estavam entrando em seus melhores anos no mercado de trabalho.
Esperava-se que os millennials mudassem o mundo, graças ao que parecia ser uma economia saudável e uma explosão de novas tecnologias de comunicação.
Então, a recessão bloqueou seu acesso aos empregos em que haviam investido tempo e dinheiro significativos, deixando muitos em dívida.
Como resultado, os Millennials têm se desalinhado com a realidade de seus tempos, sentindo-se traídos por falsas promessas, e são frequentemente culpados por não corresponderem ao seu potencial.
Filhos da Geração X, o grupo Geração Z testemunhou uma série de fracassos do governo, da educação e da economia.
Criada por uma geração esquecida e desafiada financeiramente, a Geração Z é uma geração se preparando para sobreviver, um forte contraste com a geração do milênio que espera prosperar .
Essa diferença de mentalidade ajuda a explicar por que os Boomers e seus filhos, os Millennials, estão tão frequentemente em desacordo, enquanto a pesquisa sugere que a Geração X e seus filhos na Geração Z frequentemente têm mais relacionamentos colaborativos.
Como Preparar A Cultura Da Sua Empresa Para A Geração Z
Dado este contexto, os resultados dos estudos que analisam a Geração Z assumem uma importância renovada. Essa pesquisa fornece uma compreensão significativa de comportamentos e preferências prováveis para que a geração mais recente entre na força de trabalho.
As percepções dessa geração e como as empresas poderiam responder podem ser divididas em quatro categorias: insegurança econômica, coaching versus gerenciamento, saúde mental e bem-estar e design do local de trabalho.
Insegurança econômica
A Geração Z teve uma infância marcada por uma profunda incerteza em torno do dinheiro e da carreira, especialmente o valor da faculdade e sua conexão com um futuro confiável.
Um dado revelador de pesquisas mostra que quase a metade de entrevistados da Geração Z espera trabalhar por conta própria um dia.
A Geração Z espera fazer as coisas sozinha. Eles não estão planejando como ser o melhor trabalhador, mas como sobreviver sendo freelancer ou concorrente.
- Implicações para as empresas
A Geração Z está preparada para responder bem a benefícios destinados a evitar ou reduzir dívidas de faculdade ou quando é fornecido treinamento e educação a preços reduzidos.
Eles também são mais propensos a ter uma compreensão mais desenvolvida de como poderiam iniciar seus próprios negócios, tornando-se potenciais concorrentes, especialmente em setores com baixos custos iniciais.
Coaching vs. Gerenciamento
A Geração Z relata que está acostumada a ter a confiança de seus pais e, embora frequentemente consultem os pais para aconselhamento, eles querem tomar decisões independentes.
Millennials e Geração Z apresentarão problemas opostos para suas lideranças. Enquanto os Millennials erram por serem passivos, esperando que os líderes resolvam seus problemas, a Geração Z erra por ser muito ativa, tentando resolver problemas fora do seu conjunto de habilidades e não pedir ajuda quando necessário.
- Implicações para empresas
O treinamento de liderança precisará levar em conta essa distinção, concentrando-se mais no coaching do que em administrar comportamentos para tirar o máximo proveito da Geração Z e evitar sobrecarregar seus líderes.
Isso significa ensinar os líderes Millennials a se sentarem e discutirem as opções, mas deixando que os colaboradores sigam seu próprio julgamento, responsabilizando-os pelos resultados.
Caso contrário, os líderes da geração do milênio podem acabar assumindo demais, enquanto a Geração Z fica frustrada por não ser confiável.
Saúde mental e bem-estar
Nos últimos 30 anos, pesquisas com alunos de educação superior relatam um declínio contínuo dos índices de saúde mental entre os estudantes universitários, com as mulheres apresentando algumas das pontuações mais baixas.
Para ilustrar essa crescente demanda por apoio à saúde mental, as pesquisas mostram que, em 1985, 7% dos alunos do primeiro ano buscavam aconselhamento pessoal. Em 2015, esse número havia dobrado para 14%.
As faculdades têm fornecido suporte para problemas de saúde mental, ajudando os estudantes com tais preocupações a serem bem sucedidos.
Isso significa que mais pessoas estão conseguindo ingressar na força de trabalho com os talentos que os empregadores querem, mas também com uma necessidade contínua de apoio à saúde mental.
A Geração Z se vê como uma geração de multitarefas que buscam se manter conectados a todos os canais de comunicação disponíveis para eles.
Eles também tendem a exibir um senso fraco de limites pessoais, como fazer e receber chamadas confortavelmente a qualquer hora.
Eles se orgulham de estar disponíveis para ajudar um amigo a qualquer momento e esperam comportamentos semelhantes de seus líderes e professores.
Embora estes possam parecer como traços positivos em um colaborador, os estudos frequentemente descobriram que não existe multitarefa.
Na realidade, as pessoas alternam entre tarefas em velocidades variadas e com níveis variáveis de eficiência, perdendo algum foco e energia com cada troca.
A Geração Digital
Muito antes de o termo “influenciador” ser cunhado, os jovens desempenhavam esse papel social criando e interpretando tendências.
Agora, uma nova geração de influenciadores entrou em cena. Os membros da Geração Z, são verdadeiros nativos digitais.
Desde os primeiros anos da juventude, eles foram expostos à internet, às redes sociais e aos sistemas móveis. Esse contexto produziu uma geração hipercognitiva muito confortável com a coleta e a referência cruzada de muitas fontes de informação e com a integração de experiências virtuais e offline.
À medida que a conectividade global aumenta, as mudanças nas gerações podem vir a desempenhar um papel mais importante na definição do comportamento do que as diferenças socioeconômicas.
Os jovens se tornaram uma influência poderosa em pessoas de todas as idades e rendas, bem como na forma como essas pessoas consomem e se relacionam com as marcas.